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BLOG | Adriana Figueiredo

Português para Concursos

Expressões idiomáticas: o que elas significam e como usá-las

expressões idiomáticas

Dominar a língua portuguesa vai além de conhecer regras gramaticais e estruturas formais. Um dos aspectos que mais enriquecem a comunicação, tanto na linguagem oral quanto na escrita, são as expressões idiomáticas. Elas carregam significados que não podem ser deduzidos apenas a partir do sentido literal das palavras que as compõem.

No contexto dos concursos públicos, o uso apropriado dessas expressões pode contribuir para um texto mais natural, fluente e expressivo, desde que haja o devido cuidado quanto à adequação linguística.

Neste artigo, vamos explorar o papel das expressões idiomáticas na comunicação, seus principais exemplos, como utilizá-las com propriedade e os cuidados ao empregá-las em situações formais, como os concursos públicos. 

A importância das expressões idiomáticas na comunicação

As expressões idiomáticas são conjuntos de palavras que, juntas, adquirem um significado específico, muitas vezes distante do literal. Seu uso é um dos traços mais marcantes da vivacidade e da riqueza de uma língua. Elas refletem aspectos culturais, históricos e sociais de uma comunidade linguística, funcionando como ferramentas que tornam a linguagem mais envolvente e expressiva.

No dia a dia, essas expressões facilitam a comunicação, criam laços entre falantes de uma mesma região e tornam o discurso mais espontâneo. No entanto, seu valor vai além da oralidade. Quando bem utilizadas em textos escritos, podem contribuir para a construção de um estilo autoral, ampliando os recursos de expressão disponíveis.

Exemplos comuns no português

A língua portuguesa é particularmente rica em expressões idiomáticas, muitas delas usadas com tanta frequência que passam despercebidas. Veja alguns exemplos:

●  “Chutar o balde”: agir sem pensar nas consequências ou desistir de algo.

●  “Fazer vista grossa”: fingir que não viu, ignorar algo propositalmente.

●  “Colocar a mão no fogo”: confiar plenamente em alguém.

●  “Pisar na bola”: cometer um erro ou falhar em alguma responsabilidade.

●  “Estar com a faca e o queijo na mão”: ter todas as condições favoráveis para agir.

Essas expressões são compreendidas de maneira automática pelos falantes nativos, o que facilita a comunicação. Porém, sua compreensão pode não ser imediata para estrangeiros ou para leitores não familiarizados com o contexto cultural em que são usadas.

Como usar de forma correta

Apesar de parecerem naturais, as expressões idiomáticas devem ser usadas com critério. É necessário conhecer bem o seu significado, a situação comunicativa e o efeito que se pretende causar. O uso inadequado pode comprometer a clareza do texto ou transmitir uma mensagem diferente da desejada.

Para empregá-las corretamente, é importante:

  1. Compreender o sentido figurado da expressão antes de usá-la.
  2. Observar o registro linguístico do contexto em que se está escrevendo.
  3. Evitar exageros, pois o uso excessivo de expressões idiomáticas pode deixar o texto artificial ou cansativo.
  4. Adaptar-se ao público-alvo. O leitor precisa reconhecer e compreender a expressão para que a comunicação seja eficaz.

Em provas discursivas e redações, principalmente nas de concursos públicos, o equilíbrio é fundamental. Usar uma ou outra expressão idiomática, de forma pontual e bem encaixada, pode enriquecer o texto. Porém, exagerar ou inserir expressões fora de contexto pode causar prejuízos à avaliação.

Expressões idiomáticas na redação de concursos

A redação em concursos públicos, em geral, exige clareza, coesão, coerência e domínio da norma-padrão. Em algumas bancas, como a Cespe (atual Cebraspe) e a FCC, há uma valorização de textos bem estruturados e objetivos, com vocabulário adequado ao tema proposto e ao nível de formalidade exigido.

Nesse cenário, expressões idiomáticas podem ser bem-vindas, desde que utilizadas com sobriedade e propósito. Uma expressão bem escolhida pode tornar o texto mais leve e mostrar domínio de repertório linguístico. Por exemplo, ao abordar um tema sobre desigualdade social, dizer que “muitos cidadãos vivem à margem da sociedade” transmite mais impacto do que simplesmente afirmar que “muitos são excluídos”.

Entretanto, é preciso lembrar que o uso de linguagem excessivamente coloquial pode ser penalizado. Expressões como “chutar o balde”, “ficar de mãos abanando” ou “dar com os burros n’água” devem ser evitadas quando o texto exige impessoalidade ou linguagem técnica.

O impacto do uso de expressões idiomáticas na clareza e no estilo

Quando bem aplicadas, as expressões idiomáticas enriquecem o estilo textual, demonstram conhecimento da língua e permitem variações de vocabulário, um ponto frequentemente valorizado nas correções de redações. Além disso, elas podem ajudar na construção de imagens mentais mais fortes e transmitir emoções com mais eficácia.

Por outro lado, há riscos: expressões mal compreendidas, usadas fora de contexto ou sem sentido claro podem prejudicar a clareza da mensagem. Um dos princípios fundamentais da boa redação é a capacidade de se comunicar com precisão. Se a expressão idiomática não contribuir diretamente para isso, talvez seja melhor optar por uma construção mais direta.

Outro ponto relevante é a variação regional das expressões idiomáticas. Uma mesma ideia pode ser expressa de maneiras diferentes dependendo da região do país. Enquanto em algumas regiões diz-se “encher linguiça” para indicar que alguém está enrolando ou prolongando um texto sem necessidade, em outras, a expressão pode ser desconhecida ou ter conotação diferente.

Essa diversidade é uma das riquezas do português brasileiro, mas, em textos avaliativos de concursos, é importante priorizar expressões de uso mais generalizado ou neutro. Isso evita interpretações ambíguas e garante maior compreensão por parte do avaliador, independentemente de sua origem regional.

Expressões idiomáticas

Cuidados ao usar expressões idiomáticas em contextos formais

Em contextos formais, como a produção de pareceres, relatórios técnicos ou redações de concursos, a principal recomendação é usar expressões idiomáticas com parcimônia. A linguagem formal exige precisão, clareza e impessoalidade. Logo, expressões demasiadamente populares ou informais devem ser evitadas.

Outro cuidado importante diz respeito à coesão e coerência do texto. A introdução de uma expressão idiomática precisa estar em harmonia com o restante do parágrafo, tanto em termos de tom quanto de conteúdo. Usar uma expressão apenas para “enfeitar” o texto pode soar forçado e comprometer a naturalidade do discurso.

Em provas de redação, a melhor estratégia é priorizar a clareza e a correção. Se a expressão idiomática escolhida contribuir efetivamente para a argumentação, agregando valor sem comprometer a formalidade, ela pode (e deve) ser utilizada. Caso contrário, é preferível substituí-la por uma formulação mais direta.

As expressões idiomáticas são uma parte fascinante e poderosa da língua portuguesa. Elas refletem a cultura, a história e a criatividade dos falantes, e podem enriquecer sobremaneira a comunicação. No entanto, seu uso exige domínio linguístico e sensibilidade para identificar os contextos em que são apropriadas.

Em redações de concursos públicos, a clareza, a objetividade e o respeito à norma-padrão são exigências centrais. Por isso, é fundamental que o candidato saiba equilibrar estilo e formalidade. Expressões idiomáticas bem selecionadas podem demonstrar repertório e sensibilidade linguística, contribuindo positivamente para a avaliação. Por outro lado, o uso inadequado pode comprometer a compreensão e afetar a nota final.

Portanto, o segredo está na moderação e no conhecimento. Dominar o significado, saber o momento certo de utilizar e respeitar o grau de formalidade da proposta textual são atitudes que fazem toda a diferença. Afinal, mais do que enfeitar o texto, a função da linguagem é comunicar com precisão e eficiência.

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Sobre Adriana Figueiredo

Há mais de 25 anos, leciona em cursos presenciais e online para alunos de todo o Brasil. Suas redes sociais, juntas, têm mais de 1,2 milhão de seguidores. Especialista em português e redação para concursos, é dona de uma metodologia patenteada que ensina com lógica. Além de ser professora exclusiva do Estratégia Concursos, possui um site especializado em Língua Portuguesa, cuja plataforma de aulas conta com mais de 4 mil alunos matriculados. Também é autora de várias obras, entre elas a “Gramática Comentada” lançada pela Editora Saraiva, considerada em 2016 como um dos "10 livros de português indispensáveis para concurseiros" pela Revista Exame.

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