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BLOG | Adriana Figueiredo

Português para Concursos

Crase: uma inimiga ou uma aliada? Aprenda a dominá-la de vez

Foto: Canva.

Entre os inúmeros temas que geram insegurança em quem estuda para concursos, a crase está certamente no topo da lista. Muitos candidatos consideram o uso do acento grave (`) indicativo de crase um verdadeiro inimigo gramatical: difícil de entender, fácil de errar e recorrente nas provas. Mas será que a crase é mesmo esse bicho-papão? Ou será que, com o conhecimento certo, ela pode se tornar uma aliada poderosa na sua caminhada rumo à aprovação?

Neste artigo, vamos desfazer os mitos e esclarecer, de forma objetiva e prática, o que você realmente precisa saber sobre a crase para garantir bons resultados em qualquer concurso. Ao final da leitura, você verá que dominar esse tema é possível e muito mais simples do que parece.

O que é a crase e por que ela causa dúvidas?

Crase é a fusão de duas vogais idênticas, neste caso, da preposição “a” com o artigo definido feminino “a” (ou “as”, no plural). O resultado dessa fusão é marcado pelo uso do acento grave (“à” ou “às”). Esse acento não altera a pronúncia da palavra, mas sua função é indicar que duas palavras se uniram fonética e gramaticalmente.

O principal motivo da confusão é justamente essa união entre elementos diferentes: ela exige que o candidato reconheça a presença da preposição regida por uma palavra anterior e o artigo definido que acompanha a palavra seguinte. Em outras palavras, é necessário analisar o contexto, o que envolve conhecimento de vocabulário, de regência verbal e nominal e de classes gramaticais.

Ou seja, não se trata apenas de ‘decorar’ regras, mas de compreender o funcionamento da língua. E é isso que, muitas vezes, assusta o concurseiro. Mas com uma base sólida e treino direcionado, essa insegurança pode ser superada.

Foto: Canva.

Regras básicas para o uso da crase

Para saber se ocorre crase nos casos de contração, faça duas perguntas simples:

  1. A palavra anterior exige preposição “a”?
  2. A palavra seguinte aceita ou exige o artigo definido feminino “a” (ou “as”)?

Se as duas respostas forem “sim”, ocorrerá crase, que será indicada pelo emprego do acento grave. Caso contrário, não. A seguir, organizamos as principais regras para tornar esse processo mais claro:

●  Ocorre crase quando houver o encontro da preposição “a” regida por um verbo (como “ir”, “chegar”, “voltar”, “obedecer”, etc.) com o artigo definido feminino do termo seguinte, mas somente se a palavra após o verbo aceitar o determinante.

●  Substantivos femininos com determinantes (artigos, pronomes demonstrativos, possessivos femininos) também contribuem para a ocorrência da crase.

●  A preposição “a” pode vir de uma regência verbal ou nominal, então é preciso conhecer as exigências dos verbos e dos nomes envolvidos.

Dominar o uso da crase depende menos de ‘decorar’ regras e mais de entender a relação entre as palavras. Quando você identifica a necessidade da preposição ‘a’ e a presença do artigo feminino ‘a(s)’, a crase deixa de ser um mistério e passa a ser um fenômeno consciente. Com prática e atenção à regência, o uso correto se torna automático.

Casos obrigatórios de crase

Existem contextos em que a crase é sempre obrigatória, e esses casos são muito cobrados em concursos. Vamos a eles:

●  Locuções prepositivas, conjuntivas e adverbiais femininas (aqui não há contração de preposição a + artigo a/as): quando essas locuções são formadas por palavras femininas, a crase é obrigatória. Exemplos típicos: à medida que, à tarde, à noite, à procura de, à frente de.

●  Antes de nomes de cidades femininos que admitem o artigo “a”: se a cidade aceita o artigo, ocorre crase. Exemplo: “Cheguei à Bahia.” É diferente de “Cheguei a Porto Alegre”, se a cidade não admitir o artigo (o que precisa ser verificado caso a caso).

●  Antes de pronomes demonstrativos iniciados por “a”, como “aquela”, “aquele”, “aquilo”. Se o termo anterior pedir preposição ‘a’, acento grave nesses demonstrativos (àquela, àquele, àquilo). 

●  Antes da palavra “moda” (mesmo implícita): “à moda antiga”, “roupa à francesa”. Mesmo que “moda” esteja subentendida, a crase é obrigatória.

Os casos obrigatórios de crase seguem padrões bastante estáveis e, por isso, são ótimos para memorizar e ganhar segurança.

Casos em que nunca ocorre crase

Tão importante quanto saber quando usar o acento grave indicativo de crase é identificar os contextos em que o fenômeno jamais ocorre. Eis os principais:

●  Antes de palavras masculinas: o artigo “a” não se aplica. Exemplo: “Fui a pé.” (sem acento grave indicativo de crase)

●  Antes de verbos: verbos não admitem artigo, portanto não há fusão. Exemplo: “Começou a estudar cedo.”

●   Antes de pronomes pessoais, indefinidos, de tratamento e possessivos masculinos: como “ela”, “alguém”, “você”, “meu”. Exemplo: “Entreguei o presente a ela.”

●  Antes de nomes de cidades que não aceitam o artigo definido feminino: se não houver artigo, não ocorrerá crase. Exemplo: “Voltei a Paris” (Paris é nome de lugar que não exige artigo.)

●  Em expressões formadas por palavras repetidas: como “cara a cara”, “passo a passo”, “gota a gota”. Nessas construções, a repetição anula a fusão.

Reconhecer onde a crase não ocorre é tão essencial quanto dominar seus usos obrigatórios. Esses contextos seguem uma lógica simples: se não há possibilidade de artigo feminino, não há crase. Ao observar a natureza das palavras, se são masculinas, verbos, pronomes ou expressões cristalizadas, você evita erros comuns e ganha mais confiança na escrita.

Situações facultativas: quando o uso do acento grave é opcional

Existem alguns contextos em que a ocorrência da crase é permitida, mas não obrigatória. São situações de escolha estilística ou variação da norma. Veja os principais casos:

●  Antes de pronomes possessivos femininos no singular: como “minha”, “tua”, “sua”. Pode ocorrer crase, dependendo do estilo ou ênfase. Exemplo: “Entreguei a tarefa à minha irmã” ou “Entreguei a tarefa a minha irmã.”

●  Depois da preposição “até”: há duas possibilidades corretas: com ou sem acento grave indicativo de crase, dependendo da escolha do redator. Exemplo: “Fui até a escola” ou “Fui até à escola.”

●  Antes de nomes próprios femininos que aceitam o artigo: a crase é facultativa se o uso do artigo for facultativo. Exemplo: “Entreguei o prêmio a Ana” ou “Entreguei o prêmio à Ana.”

Essas situações exigem cuidado, especialmente em provas objetivas. Quando não houver contexto claro, é preferível seguir a norma padrão e empregar o acento indicativo de crase nos casos em que ela ocorre.

Erros comuns ao usar a crase

A crase é um campo fértil para ‘pegadinhas’ em concursos, então vale ficar atento aos deslizes mais recorrentes, como:

●  Colocar acento grave indicativo de crase antes de palavras masculinas;

●  Deixar de usar o acento grave em locuções adverbiais femininas;

●  Usar acento indicativo de crase antes de verbos;

●  Erros em construções com pronomes demonstrativos;

●  Insegurança em construções com nomes de cidades.

A chave para evitar esses erros está em estudar regência com atenção e treinar com questões de concursos anteriores.

Como vimos, a crase não é um monstro indomável. Ela apenas exige atenção à estrutura da frase e compreensão das relações entre os termos. Saber quando ocorre ou não a crase é uma habilidade que se constrói com prática e clareza conceitual, algo essencial para qualquer concurseiro que deseja se destacar em provas de português.

Lembre-se: errar o uso do acento grave indicativo de crase pode comprometer pontos preciosos em sua redação ou em uma questão de múltipla escolha. Por outro lado, dominá-la pode ser o diferencial que coloca você à frente da concorrência.

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Sobre Adriana Figueiredo

Há mais de 25 anos, leciona em cursos presenciais e online para alunos de todo o Brasil. Suas redes sociais, juntas, têm mais de 1,2 milhão de seguidores. Especialista em português e redação para concursos, é dona de uma metodologia patenteada que ensina com lógica. Além de ser professora exclusiva do Estratégia Concursos, possui um site especializado em Língua Portuguesa, cuja plataforma de aulas conta com mais de 4 mil alunos matriculados. Também é autora de várias obras, entre elas a “Gramática Comentada” lançada pela Editora Saraiva, considerada em 2016 como um dos "10 livros de português indispensáveis para concurseiros" pela Revista Exame.

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