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BLOG | Adriana Figueiredo

Português para Concursos

Desenvolvendo repertório sociocultural para redações de alto nível

Foto: Canva.

Quando falamos em aprovação em concursos públicos, especialmente aqueles que exigem uma prova discursiva ou uma redação dissertativo-argumentativa, é comum ouvirmos recomendações sobre a importância de escrever com clareza, coesão e domínio da norma culta. No entanto, há um elemento que, muitas vezes, diferencia uma redação apenas correta de uma redação de alto nível: o repertório sociocultural.

Mais do que um simples “algo a mais”, o repertório é a base que sustenta argumentos sólidos, maduros e coerentes com as exigências das bancas avaliadoras. É a partir dele que o candidato demonstra senso crítico, capacidade de análise e uma visão abrangente dos fenômenos sociais, políticos, culturais e históricos que moldam a realidade. 

Desenvolver esse repertório, no entanto, não é uma tarefa simples. Envolve leitura constante, escuta atenta, análise crítica e, principalmente, a capacidade de fazer conexões inteligentes entre diferentes áreas do conhecimento.

Este artigo tem como objetivo guiar você, concurseiro (a), nesse caminho. Vamos entender o que caracteriza um bom repertório sociocultural, como selecioná-lo com intencionalidade, de que maneira incorporá-lo à sua escrita com naturalidade e, claro, como fazer com que ele funcione como um diferencial competitivo na sua prova.

Se você deseja sair da média e entregar uma redação verdadeiramente destacável, este conteúdo é para você.

Repertório sociocultural: um diferencial para se destacar em redações de concursos

As bancas de concurso avaliam muito mais do que a habilidade gramatical do candidato. Elas buscam identificar quem é capaz de refletir criticamente sobre os temas propostos, apresentando argumentos consistentes, bem articulados e embasados em referenciais que demonstrem domínio de mundo. É exatamente nesse ponto que o repertório sociocultural se revela uma peça-chave.

Ter um repertório sólido significa ter referências intelectuais, culturais e históricas à disposição para enriquecer sua argumentação. É mencionar uma obra literária, uma teoria filosófica, um evento histórico, um dado estatístico ou até mesmo um fato jornalístico recente com naturalidade, sempre em diálogo com o tema proposto. 

Além disso, o repertório bem utilizado cumpre duas funções importantes: a de comprovar a tese defendida pelo candidato e a de mostrar à banca avaliadora que ele é um leitor atento e um cidadão crítico, apto a exercer funções públicas com responsabilidade e preparo intelectual. Afinal, quem escreve bem, argumenta bem e quem argumenta bem, tende a ser mais assertivo nas decisões que envolvem o interesse coletivo.

É importante destacar que não se trata de “encher” o texto com citações soltas ou informações decoradas. Pelo contrário, o bom repertório é aquele que se encaixa no texto com fluidez, que é pertinente ao tema e que ajuda a desenvolver a linha de raciocínio do autor. 

Por isso, investir no desenvolvimento do seu repertório sociocultural é investir na qualidade da sua escrita e, consequentemente, na sua aprovação.

5 fontes de informação para um bom repertório sociocultural

Construir um repertório sociocultural relevante exige uma busca ativa por conhecimento, e isso vai muito além de decorar frases de filósofos ou trechos de livros. O ideal é que o candidato esteja em constante contato com diferentes fontes de informação que o ajudem a ampliar sua visão de mundo, a refletir sobre os temas da atualidade e a fazer conexões entre diversas áreas do saber. 

A seguir, apresentamos algumas fontes valiosas para esse processo:

  1. Livros (literatura, filosofia, sociologia e história)
  2. Documentários e filmes 
  3. Artigos de opinião e colunas em jornais e revistas
  4. Podcasts e entrevistas
  5. Sites oficiais e institutos de pesquisa 

Cultivar um repertório sociocultural relevante é um processo contínuo, que envolve curiosidade, disciplina e abertura ao conhecimento. Ao explorar diferentes fontes com olhar crítico e conectado aos desafios da sociedade, o candidato desenvolve uma base sólida para suas redações e uma formação cidadã mais consciente e reflexiva, qualidades fundamentais para se destacar nos concursos e na vida em sociedade.

Tipos de repertório que enriquecem sua redação

Não é qualquer informação que pode ser considerada um repertório sociocultural válido. As bancas de concurso valorizam referências que demonstram profundidade, originalidade e, sobretudo, pertinência ao tema. Por isso, é importante conhecer os diferentes tipos de repertório que podem ser utilizados para enriquecer sua redação:

1. Literário

Trechos de obras literárias ou a abordagem de personagens que representam questões sociais, políticas ou existenciais podem oferecer uma leitura simbólica e crítica dos problemas abordados. Por exemplo, usar Capitães da Areia, de Jorge Amado, em temas sobre desigualdade social, ou Ensaio sobre a cegueira, de Saramago, em discussões sobre empatia e coletividade, ajuda a demonstrar repertório sofisticado e sensível.

2. Filosófico

Citações e ideias de pensadores como Platão, Aristóteles, Rousseau, Kant, Foucault ou Bauman agregam densidade e abstração à argumentação. Esses autores ajudam a refletir sobre os fundamentos da ética, da política, da liberdade ou da sociedade de consumo, permitindo um aprofundamento conceitual que valoriza a construção da tese.

3. Histórico

Eventos ou processos históricos que ajudam a contextualizar o tema mostram que o candidato compreende as origens e consequências dos fenômenos sociais. Mencionar a Revolução Industrial ao tratar de transformações no mundo do trabalho, ou a ditadura militar brasileira em temas sobre democracia e censura, enriquece a análise e evidencia uma visão crítica.

4. Científico e tecnológico

Avanços, estudos ou descobertas que contribuem com argumentos atualizados reforçam a atualidade e a validade do ponto de vista apresentado. Referenciar pesquisas acadêmicas, inovações médicas ou impactos das novas tecnologias, como a inteligência artificial ou o uso de algoritmos, pode fortalecer sua argumentação com base empírica e técnica.

5. Fatos e dados da atualidade

Notícias recentes, estatísticas confiáveis e análises de especialistas ajudam a comprovar a argumentação com evidências concretas. Relatórios da ONU, dados do IBGE ou análises de veículos jornalísticos de credibilidade demonstram que o autor do texto está atento ao mundo à sua volta e sabe aplicar informações relevantes ao tema.

6. Jurídico e legislativo

Citar a Constituição Federal, leis específicas, tratados internacionais e direitos garantidos por lei pode ser especialmente eficaz em concursos que exigem domínio jurídico. Referências ao artigo 5º da CF, à Lei Maria da Penha ou ao Estatuto da Criança e do Adolescente, por exemplo, agregam autoridade ao texto e mostram domínio técnico do ordenamento legal.

A utilização de repertórios socioculturais válidos torna a redação mais sólida, criativa e convincente. No entanto, mais importante do que a variedade é a pertinência. Cada referência deve ter relação direta com o tema e com a ideia que se deseja defender. Ao combinar conhecimento de mundo com estratégia argumentativa, o candidato se destaca pelo conteúdo e pela inteligência na construção de seu texto.

Foto: Canva.

Como relacionar o repertório sociocultural com o tema da redação

Ter bons repertórios socioculturais é apenas o primeiro passo para uma boa redação. O verdadeiro diferencial está em saber usá-los de forma estratégica, com pertinência e clareza em relação ao tema proposto. Para isso, é fundamental começar entendendo a essência do tema. Antes de escolher qualquer referência, é preciso ler cuidadosamente o enunciado, identificar o problema central e compreender os aspectos exigidos. Esse entendimento orienta a seleção dos repertórios mais adequados.

Na hora de inserir um repertório, ele deve dialogar diretamente com a argumentação do parágrafo. Evite usar uma citação ou exemplo apenas por soar sofisticado, o repertório precisa reforçar, ilustrar ou servir de prova para a tese que está sendo defendida. Para isso, é importante que a introdução da referência seja feita com naturalidade, contextualizando-a e explicando claramente sua relação com o tema logo em seguida.

Além disso, é essencial evitar exageros. Um bom repertório, bem utilizado, em um ou dois parágrafos de desenvolvimento, já é suficiente. O foco deve estar na qualidade da conexão e não na quantidade de citações, pois o excesso pode deixar o texto artificial e sobrecarregado. Com essas práticas, o repertório deixa de ser apenas um enfeite e se transforma em uma ferramenta poderosa de argumentação.

Atenção: é preciso manter o repertório sociocultural sempre atualizado! 

Ter um repertório sólido é fundamental, mas manter-se atualizado é o que transforma um candidato bom em um candidato de alto nível. As bancas estão cada vez mais atentas aos temas contemporâneos, exigindo que os textos reflitam conhecimento técnico e consciência crítica sobre o mundo atual.

Isso significa que o candidato deve acompanhar debates recentes, avanços científicos, mudanças legislativas, discussões sociais e tendências culturais. Um repertório desatualizado pode soar desconectado da realidade, enquanto uma referência recente, bem aplicada, mostra domínio do tema e senso de oportunidade.

Desenvolver um repertório sociocultural rico, relevante e atualizado é um dos maiores diferenciais para quem deseja alcançar notas elevadas em redações de concurso. Mais do que decorar citações, trata-se de construir uma base sólida de referências, fazer conexões inteligentes e aplicar esse conteúdo de maneira estratégica e coerente com o tema proposto.

O domínio do repertório revela um candidato que pensa, que lê o mundo com profundidade e que tem argumentos consistentes para defender suas ideias. Por isso, invista na formação contínua do seu olhar crítico. Leia, escute, assista, questione, escreva. Com dedicação, repertório e técnica, sua redação não será apenas boa, será memorável!

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Sobre Adriana Figueiredo

Há mais de 25 anos, leciona em cursos presenciais e online para alunos de todo o Brasil. Suas redes sociais, juntas, têm mais de 1,2 milhão de seguidores. Especialista em português e redação para concursos, é dona de uma metodologia patenteada que ensina com lógica. Além de ser professora exclusiva do Estratégia Concursos, possui um site especializado em Língua Portuguesa, cuja plataforma de aulas conta com mais de 4 mil alunos matriculados. Também é autora de várias obras, entre elas a “Gramática Comentada” lançada pela Editora Saraiva, considerada em 2016 como um dos "10 livros de português indispensáveis para concurseiros" pela Revista Exame.

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