“Conjução integrante” é um assunto que tira o sono de todo concurseiro. Contudo, antes de nos aprofundarmos no conteúdo, é relevante destacar um primeiro desafio relacionado à própria grafia da palavra “conjunção”.
Pode parecer bobagem, mas erros de ortografia também podem comprometer seu desempenho na prova. Por isso, façamos um acordo: a partir de agora, nada de esquecer o segundo “n” da palavra conjunção, combinado? Ótimo!
Agora, avançaremos para uma compreensão mais aprofundada deste tópico que ainda gera confusão para muitos. Não deixe de explorar nosso artigo até o fim. Boa leitura!
Conjução integrante não, conjunção integrante
O tema das conjunções integrantes é caracterizado pelo fato de não integrarem o conjunto das conjunções adverbiais, já que não expressam ideias circunstanciais. Seu propósito é iniciar a oração substantiva, a oração que vale por um substantivo.
Na época escolar, a professora nos aconselhava a substituir a oração substantiva por “isto”, um pronome substantivo, como um método para assegurar sua natureza substantiva. Um exemplo disso pode ser observado na seguinte frase:
“Espero que ele traga os documentos necessários.”
A oração iniciada pela conjunção integrante que introduz a oração substantiva “que ele traga os documentos necessários”, pode ser substituída por “isto”. Nota-se que essa conjunção não carrega consigo nenhum valor semântico específico (como causa, condição, concessão, etc.), sua função é apenas iniciar uma oração substantiva.
Outro exemplo elucidativo é:
“Não sei se José foi aprovado.”
Neste caso, a conjunção integrante “se” inicia uma oração que equivale a um substantivo (aprovação de João). Assim, é identificada como uma conjunção integrante.
Ao concluir a leitura deste texto, caso deseje aprofundar-se em outros tipos de conjunções, recomendamos a leitura deste artigo, onde discutimos as nuances entre conjunções coordenativas e subordinativas.
Como estudar conjunção integrante?
Compreendemos que o estudo das conjunções envolve uma série de etapas cruciais:
• Entender o valor semântico expresso por cada conjunção, discernindo entre adição, alternância, adversidade, entre outros.
• Organizar as conjunções que podem abranger mais de uma ideia. Por exemplo, a conjunção alternativa não se limita apenas à alternância, mas também pode indicar escolha ou exclusão.
• Memorizar uma lista fundamental de conjunções para cada categoria (aditivas, explicativas, etc.).
• Destacar as conjunções que podem figurar em mais de uma lista. A conjunção “e”, por exemplo, pode ser tanto aditiva, adversativa quanto conclusiva. Sistematizar essas conjunções economiza o tempo de raciocínio do estudante ao resolver as questões.
• Praticar incessantemente.
Que: Conjunção Integrante ou Pronome?
O termo “QUE” desempenha o papel de pronome relativo somente quando retoma um substantivo, sendo passível de substituição por outro pronome relativo. Sua presença pode ocorrer isoladamente ou integrada à expressão “é que”.
Dessa forma, é importante salientar que nem toda ocorrência do termo “QUE” no início de uma oração indica uma conjunção integrante. Se estiver referenciando um substantivo, é classificado como um pronome relativo.
Se: Conjunção Integrante ou Pronome?
Ao deparar-se com um “SE”, inicie perguntando se funciona como pronome apassivador. Se essa função for descartada, avalie se ele atua como pronome indeterminador do sujeito.
Evite, inicialmente, indagar sobre sua natureza como palavra de realce, pois essa abordagem tende a gerar confusão.
Recomenda-se memorizar os verbos pronominais frequentemente cobrados em concursos públicos, pois, nesses casos específicos, o “SE” constituirá uma parte integrante do verbo.
Dicas de conjunção integrante, não “conjução integrante”
Dica 1: As conjunções subordinativas podem ser classificadas em dois grupos distintos: integrantes, que carecem de valor semântico, e adverbiais, responsáveis por expressar ideias circunstanciais, englobando valores como causa, condição, concessão, entre outros.
Dica 2: Identificar a conjunção integrante é uma tarefa simples: basta substituir a oração por ela introduzida por um substantivo ou, de maneira mais direta, por “isto”.
Exemplos comentados de conjunção integrante
Vamos praticar? É o momento de aplicar o último item abordado no tópico “Como estudar conjunção integrante”.
Nesse exercício, sua tarefa consiste em classificar os “quês” destacados no texto abaixo. A verdadeira habilidade revela-se na capacidade de realizar essa classificação nos textos. Portanto, teste seus conhecimentos!
Texto
Defendo a ideia de que deveria haver porte de celular como há porte de arma, e não só para
evitar – está bem, dificultar um pouco – que caia na mão dos bandidos. Acho que o celular se
juntará ao cigarro como um divisor da Humanidade. Com o cigarro pegamos o câncer dos
outros, com o celular somos atacados pela intimidade dos outros, sem qualquer possibilidade de
defesa. Você fica indeciso entre dois impulsos, o de sair de perto para não ouvir mais detalhes
sobre o furúnculo da Adalgisa e chegar mais perto para ouvir os dois lados da conversa e ter,
pelo menos, o consolo da bisbilhotice total. Em geral não pode fazer nem uma coisa nem outra.
Fica ali, semi-imerso na vida de outro e fingindo ser surdo. Um agravante é que as pessoas
parecem adquirir, junto com o celular, uma desinibição de penitentes. Dizem tudo com furor
confessional e para serem ouvidas no céu. Cresce uma rejeição ao celular parecida com a que o
cigarro provoca nos não fumantes e logo haverá a segregação, setores só para os com-celular e
avisos oficiais que o celular pode causar problemas de saúde para quem usa, com a defenestração.
Mas desconfio que, do jeito que vai, nós, os sem-celular, é que acabaremos discriminados,
reunidos em pequenos oásis de silêncio e recato enquanto todos à nossa volta se comunicam o
tempo todo sem parar.
Luís Fernando Veríssimo
1° que – Conjunção integrante
2° que – Conjunção integrante
3º que – Conjunção integrante
4° que – Conjunção integrante
5° que – Pronome relativo
6° que – Conjunção Integrante: Inicia uma oração subordinada substantiva completiva nominal. O uso da preposição “de” é opcional.
7º que – Conjunção Integrante: Mesmo caso do exemplo anterior, o “QUE” inicia uma oração subordinada substantiva objetiva indireta; quando o objeto indireto se manifesta como uma oração, o uso da preposição é facultativo.
8º que – palavra de realce (= expletiva). A expressão de realce é “é que”.
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Conclusão
Satisfeito(a) com a leitura de hoje? Esperamos que sim!
Agora, além de aprofundar seus conhecimentos em sintaxe, você assimilou que a expressão correta é “conjunção integrante”, não “conjução integrante”.
A atenção à ortografia é crucial, pois pequenos equívocos podem custar pontos em sua prova. Portanto, esteja atento aos detalhes.É o momento de intensificar seus estudos em outros tópicos para alcançar um desempenho sólido na disciplina de Língua Portuguesa.
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